morta como Brás Cubas, o defunto-autor.
Morta de dor,morta de suor, morta de cor.
Morta de flamejar, morta de gritar, morta de sufocar.
Morta de vontade de te ver sorrir até o amanhecer
E mais uma
Vez
E mais uma
Vez
Eu amanheço morta.
De que valem as palavras? Vazias, taxadas, falsas, dizimada? De que valem os olhares? De pedra humilhantes, orgulhosos, insatisfeitos? De que valem os sonhos? Vagos, fúteis, selvagens, pretensioso? De que vale o tudo? Esnobe, descartável, escravo, material? Tudo vale nada. Como brinquedos tão frágeis, descartáveis, sem vida, estamos nós a dançar. De que vale o nada? Misterioso, opaco, duvidoso, abstrato? Nada vale tudo.