terça-feira, 9 de março de 2010

Intervalo

Mais uma vez eu amanheço morta.
morta como Brás Cubas, o defunto-autor.
Morta de dor,morta de suor, morta de cor.
Morta de flamejar, morta de gritar, morta de sufocar.
Morta de vontade de te ver sorrir até o amanhecer
E mais uma
Vez
E mais uma
Vez
Eu amanheço morta.

Bis

                         Dirscurso Político
Sensações, revoluções, discussões, perdas e danos.
O tempo passa, o tempo passa
E a chacina se alastra.
Repercuções, negações, preocupações, evrdades e mentiras.
O tempo passa, o tempo passa
E a máscra se desgasta.
Desgraça. impasse, cortejo, disfarce, atacado e varejo.
Um, dois três, e tudo outra vez.

Segundo show, último ato

Corro em volta, corro em volta, corro em volta do mundo
Procurando uam explicação
Se não é assim que deve ser
Mas então, qul é a razão?


Alguém pode me dizer, 
O porquê deu estar aqui?
Será que podem me dizer,
O que o mundo quer de mim?

Sem foco eu procuro, eu procuro fugir
Escaparar da tentação.
Mas se ela promete me fundir
Como posso dizer não?


Alguém pode me dizer, 
O porquê deu estar aqui?
Será que podem me dizer,
O que o mundo quer de mim?

Segundo show, quarto ato.

Amor. O que é o amor pra você? É um gesto de carinho do seu namorado ou da sua namorada? É um abraço apertado daquele grande amigo? É um jantar de sábado com a sua família? É um sorriso? Um olhar? Palavras? Gestos? O que é o amor? Eu não sei bem o que é e nem como ele aparece. Talvez porque eu nunca amei ninguém ou alguma coisa de verdade. Isso me dá medo. Eu tento, eu procuro, eu desejo amar alguém. Mas eu apenas não consigo. Amigos. Eu amo meus amigos. E só consigo amá-los por não ter amor próprio, então acabo me apoiando neles. Amo minha família, mas só porque é família. Eu tento amar o tempo todo. Desde as pequenas coisas até as pessoas. Mas apenas me desaponto comigo mesma. Eu chamo isso de ilusão. Ou talvez de falsa-realidade, como preferirem. Mas então eu acabo percebendo que quando se quer amar, não se ama. Quando se quer ser amado, você não é amado. Você se torna possessivo. Porque neste caso, quem procura não acha.

Segundo show, terceiro ato

O nunca me envolve, me isola;
Me sufoca e me afoga.
Mas me agrada.
O talvez me instiga, me desafia.
Me corrige e me atinge.
Mas eu luto.
O sempre me seduz, me conduz,
Me plena e me envenena.
Mas se desfaz.
Se esvai pelos erros, preenchendo os desejsos, tapando minhas escolhas.
E eu desisto.